Desde março de 2020, o mundo está passando por transformações que mudaram a dinâmica de consumo, mobilidade e até mesmo investimento. A pandemia acelerou o processo de “virtualização” dos ativos, com o crescimento do mercado de criptos, NFTs e até mesmo real estate no metaverso. Certamente mudanças relevantes de investimentos durante a pandemia.
Diante de todas essas mudanças, cabe a nós fazer uma reflexão sobre os investimentos tradicionais.
Chegamos ao vigésimo nono mês de história do fundo e, para respeitar as tradições gregorianas, utilizamos a virada para o novo ano para fazer um balanço do que aconteceu até agora.
O gráfico acima mostra a evolução do valor da cota do Avantgarde Multifatores desde sua criação e também o histórico do IBX no mesmo período. Com objetivo de enriquecer a análise propus quatro subdivisões do tempo, de acordo com o desempenho do mercado de ações. Nos sub-períodos um e três, tivemos mercado em alta, representado pelo IBX. Nos períodos dois e quatro (sendo este o atual), o índice teve retorno negativo.
Temos o (enfadonho) costume de dizer repetidamente aos investidores do fundo que nossa principal preocupação é com consistência. Entendemos que a composição de retornos no longo prazo é consequência de estratégia de investimento de baixo risco. Este foi tema, inclusive, da carta que publicamos em novembro último.
A tabela acima mostra que nos períodos em que a bolsa subiu, o fundo foi capaz de capturar retornos maiores que o do mercado. Naqueles em que a bolsa caiu, o fundo também teve performance negativa, porém perdeu menos que o índice de referência. Uma possível interpretação dos números é a de que os excessos positivos de retorno não foram alcançados a custa de alto risco, pois se fosse o caso os retornos negativos também seriam maiores.
Temos grande convicção de que este comportamento é fruto da estratégia de investimento que preza pelo conservadorismo e pela alocação em ativos com características de menor risco relativo.